Caco por caco
E não é só caco por caco, mas até quase pó por pó, quando os estilhaços são muito pequenos.
O interessante é que ele cola caco a caco, uma vez por dia. De tal modo que o conserto pode durar até 30 ou 40 dias.
Todo dia um caco. E é assim porque a cola entra no processo e pode criar pequenas diferenças que, no fim, podem significar, esteticamente, a percepção ou não do acidente um dia havido.
Seu Jorge está certo. Quando nossas antiguidades se quebram, a gente tem que ter a paciência de colar um caco por dia.
Consertar o passado é um trabalho que seu Jorge nos ensina quando conserta as nossas antiguidades, quase todas feitas de cristal muito fino e insubstituível.
O passado foi vivido, e está perdoado; porém, há sempre muitos cacos para colar. E também tem que haver a paciência para esperar “os materiais trabalharem” dentro da existência, a fim de que cada nova inclusão venha na medida certa.
O trabalho dele é tão bom que só fica sabendo que o cristal se quebrou quem antes havia sabido que ele havia se partido. Do contrário, para novos olhos, o objeto está simplesmente perfeito.
Se seu Jorge, dono de “O Faz-Tudo”, faz assim, o que não dizer de Jesus? Sim, se seu Jorge faz assim, o que se deve esperar da cola do amor e da graça que vêm dAquele em Quem Tudo Está Feito?
Reconciliação é o que Ele faz!
Caio Fábio
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